Trabalhadores das seis categorias de servidores públicos municipais de Ilhéus decidiram, em assembleia realizada na tarde desta sexta-feira (12), em frente ao Palácio Paranaguá, sede do governo municipal, realizar uma paralisação geral de todos os serviços da Prefeitura nos próximos dias 17 e 18 de julho, quarta e quinta-feira, em sinal de protesto contra a demora do prefeito em assinar o acordo da campanha salarial 2013. Os presidentes dos seis sindicatos informaram que se reuniram por diversas vezes com representantes do governo municipal na tentativa de buscar um acordo, evitando assim a paralisação dos serviços, mas diante da falta de transparência da administração com relação aos números da folha de pagamento e a ausência de uma proposta concreta de reajuste salarial, não houve outra alternativa a não ser a interrupção dos serviços.
A decisão foi tomada em conjunto por todos os servidores públicos municipais, incluindo os setores de educação, saúde, agentes de trânsito, guarda civil municipal, agentes de saúde e endemias e demais serviços. Os trabalhadores não descartaram a possibilidade de realização de uma greve geral por tempo indeterminado, caso o governo municipal não apresente uma proposta de reajuste salarial, além da melhoria de condições de trabalho. A assembleia dos trabalhadores foi realizada após uma reunião de mais de três horas entre os representantes dos sindicatos e membros do governo municipal. Participaram da reunião representantes do Sinsepi, Sindiguarda, Sindiacs, Sintran e da APPI/APLB-Sindicato.
Os líderes sindicais foram unânimes em afirmar que os números da folha de pagamento apresentados pelo governo municipal não condizem com a realidade e não refletem a verdade. Números inclusive que foram contestados em um estudo feito pelos líderes sindicais durante reunião do governo municipal com a sociedade civil organizada. Diante da falta de transparência nesses números, os trabalhadores decidiram que não mais voltarão a se reunir com o governo para discutir índices da folha de pagamento, mas sim no momento em que for apresentada uma proposta de reajuste salarial. “O governo municipal quer ganhar tempo para nos engolir e enganar os trabalhadores e a sociedade civil organizada, colocando os servidores contra o povo. E isso não vamos aceitar”, disseram os líderes sindicais, denunciando inclusive gastos absurdos que vem sendo realizados pelo governo municipal nos últimos meses.